Mostra "60 anos de Discotecagem em SP" dá
início à programação do espaço da Secretaria Municipal de Cultura a partir de
28 de abril 2021 abertura inclui tour virtual pelo espaço e discotecagem
especial com DJ Marky
Pela primeira vez na América Latina, um equipamento público dedica um espaço
permanente voltado ao universo dos DJs. No dia 28 de abril, o Centro Cultural
Olido, da Secretaria Municipal de Cultura, inaugura a Galeria do DJ "Sonia
Abreu", com a mostra "60 Anos de Discotecagem em SP"
A Galeria e a exposição, idealizadas pelo Secretário de Cultura da Cidade de
São Paulo Alê Youssef, e pela coordenadora do CC Olido, Claudia Assef, contou
com a colaboração de mais de 100 DJs da cena paulistana para a sua elaboração,
contando inclusive com itens de Sonia Abreu, que faleceu em 2019. As peças de
Sonia haviam sido doadas a Claudia em vida, pois Sonia acreditava que "um
dia ela usaria". A abertura, online, conta com um tour virtual pela mostra
e set "60 Anos de Discotecagem" de DJ Marky. Serão mais de mil itens
em exposição.
A ideia do espaço nasceu da vontade de consolidar o Centro Cultural Olido em um
polo cultural conectado com a cena cultural do centro de São Paulo, uma
referência da música urbana tocada nas festas da cidade pelos DJs, uma das
grandes tradições da noite paulistana. "A Galeria do DJ ‘Sonia Abreu’
fortifica o movimento que temos feito desde 2019 no sentido de conectar a Olido
com as vanguardas urbanas", explica o secretário Alê Youssef. "A cena
da música eletrônica representa também uma vertente dos novos modernistas, a
potência criativa da cidade". O espaço foi projetado pelo cenógrafo Zé
Carratu, que desde os anos 1980 trabalha com arte urbana.
O espaço foi pensado com o intuito de valorizar e celebrar o trabalho de
mulheres e homens que se dedicaram e se dedicam ao ofício de disc-jóquei, com
um mobiliário que servirá de moldura para diversas exposições temáticas.
A escolha de homenagear Sonia Abreu (1951-2019) para dar nome ao espaço se deu
por conta de seu pioneirismo na cena de discotecagem nacional. "A Sonia
foi a primeira a realizar muitas coisas: foi uma das primeiras mulheres a
trabalharem como sonoplasta no rádio, a primeira DJ mulher a atuar numa
discoteca, nos anos 70, a primeira a sair com uma rádio ambulante pelas ruas de
São Paulo", afirma Claudia Assef. "Tudo o que ela fazia musicalmente
tinha sua marca registrada, que era trazer um mix de novidades musicais de
diversas culturas para seus ouvintes."
A exposição "60 Anos de Discotecagem em São Paulo" traz, em ordem
cronológica, fotos históricas, flyers de época, figurinos, discos em vinil,
instalações audiovisuais e equipamentos que ajudam a contar a linha do tempo da
evolução do áudio no Brasil.
A mostra colaborativa teve participação de mais de 100
DJS de várias épocas e estilos musicais, como a própria Sonia Abreu, KL Jay, DJ
Marky, DJ Nuts, Vintage Culture, VJ Spetto, Erika Palomino (atual diretora do Centro
Cultural São Paulo), Tessuto, Gop Tun, Mamba Negra, Tony Hits, Gui Boratto,
Davis, Dmitri, Iraí Campos, Julião, Fabio Mergulhão, Claudia Guimarães, e
muitos outros.