Não é novidade para
ninguém que eventuais mortes acontecem com frequência indesejada em festivais
de música eletrônica. A cada nova morte de um jovem, a polêmica reacende quanto
a tentativas de proibir ou liberar as drogas ou até mesmo os eventos em si com
as posições mais conservadoras duelando com as mais liberais, que defendem o
uso regulamentado e o teste de drogas.
Na Austrália, uma nova e
inusitada proposta surgiu a partir da vereadora de Adelaide Anne Moran: proibir
os festivais de acontecerem sob temperaturas extremas (acima de 35ºC). Isso
porque o calor intenso, aliado ao consumo de drogas como Ecstasy e à falta de
uma hidratação adequada, leva a um superaquecimento do corpo, que é uma das
principais causas de óbito nesses eventos. A visão de Moran é mais realista do
que aqueles que tentam banir as drogas; ela entende que os jovens não vão
parar, e é, portanto, mais fácil evitar os calorões, educar sobre o tema e
prover água gratuita nas celebrações de música eletrônica. “Não se trata de
fazer as pessoas pararem de usar drogas, se trata de fazer com que elas parem
de morrer”, disse. “Essa atitude de guerra contra as drogas provou ser um
completo fracasso.