Tim Simenon / Vocalista Inglês


Bomb The Bass foi o nome de trabalho do DJ inglês Tim Simenon, nascido em Londres no ano de 1968. Ele foi uma das pessoas por trás do movimento "Acid House", que trouxe uma nova dimensão à Dance Music, na época. Um caminho totalmente novo e revolucionário por diversos tipos musicais. Curiosamente, Tim não é um "inglês autêntico", pois seus pais são imigrantes da Malasia. Daí sua aparência oriental.

Em 1987, quando era DJ residente no Wag Club (Londres), ele frequentou um curso sobre engenharia de estúdio, onde adquiriu amplo conhecimento sobre instrumentação eletrônica. Mais tarde, aplicou seus novos conhecimentos na produção de sua primeira música. "Beat Dis", que foi sucesso instantâneo. Mas como? Se você conhece a música, pode pensar que, por ser um tanto estranha e nonsense, como ela poderia ter cruzado mares e continentes carregando o nome de Tim Simenon?

Tim usou temas de seriados antigos, samples de outros artistas como Enio Morricone e Public Enemy, sons industriais e mais ou menos 300 outras fontes. Lançada logo após o marco "Pump up the Volume" do grupo M/A/R/R/S, "Beat Dis" alcançou o número 2 das paradas britânicas daquele ano. Graças aos aperfeiçoamentos na área de "sampling" e MIDI, ele foi capaz dessa proeza e se tornou influente entre os DJ londrinos.

Em 1988, Tim lança seu primeiro LP, "Into the Dragon", e apresenta ao mundo a equipe "Bomb the Bass": vocalistas como Maureen Walsh, o também produtor Pascal Gabriel e Emilio Pasquez (responsável por alguns House hits da época, e também pela bassline devastadora de "Beat Dis"). Além da música citada, o LP trouxe também três outros megahits: "Megablast (Hip Hop on Precint 13)", Don't Make me Wait" e "Say a Little Prayer" (cover de Burt Bacharach), contando com os vocais da cantora Maureen Walsh. Tim tornou a prática DJ-como-produtor muito popular.

Nesse disco, a maioria das outras músicas segue a tendência de "Beat Dis", ou seja, Hip Hop's eletrônicos e colagens dotadas de muita energia e criatividade. Seguiram-se trabalhos com artistas do calibre de Neneh Cherry ("Buffalo Stance" e "Manchild"), Seal ("Crazy") e Adamski ("Killer").

Porém, seu trabalho como produtor não foi reconhecido o suficiente e a compensação financeira também deixou a desejar, visto o enorme sucesso que estas músicas fizeram no início dos anos 90. Então, ele voltou a trabalhar como Bomb the Bass, embora recebendo pesadas críticas por usar um nome tão "bombástico" em plena Guerra do Golfo (como se a vergonha maior não fosse a guerra em si).