11/11/2017 / Feira de Discos / Sorocaba


Uma feira de discos de vinil movimentou diferentes gerações de amantes desse tipo de mídia musical no último dia 11, das 14h às 20h, em Sorocaba. O local que sediou o encontro foi o Studio Mozart, uma escola de música da avenida Coronel Nogueira Padilha que abre espaço para a feira de vinil a cada três meses. E o que parece uma moda retrô ganha força de mercado. 

Em São Paulo e agora também em Sorocaba, feiras de discos de vinil já entraram para a agenda do público que curte diferentes tipos de som regados a nostalgia, afeto, artes gráficas, desenhos, traços, cores, ritual de emoções. Tudo isso proporcionado por essa mídia musical que em décadas passadas movimentou mercados e encantou gerações de fãs de boa música.

Participaram sete colecionadores e vendedores de vinil. Gente de Sorocaba, São Roque, Indaiatuba e São Paulo. Entre eles estavam Juni da Silva Magalhães, João Paulo da Silveira Bueno e o também professor Edvaldo Mariano. Todos com volumes de discos de encher os olhos e atender aos diferentes gostos, dos indomáveis roqueiros identificados pelas camisetas pretas aos mais comportados e apaixonados por MPB.

Os atendimentos tinham a peculiaridade de ir além da venda dos produtos. Como são especialistas em indústria cultural, os colecionadores, nas conversas com o público, também contavam histórias de cada disco, dos artistas nacionais e estrangeiros, das curiosidades em torno de cada produção musical. Os assuntos resgatavam épocas de grandes sucessos do rock e da MPB, de Mutantes a Roberto Carlos, de Tim Maia a Pink Floyd.
 
Na feira, discos novos e importados podiam ser encontrados a preços que variavam de R$ 100 a R$ 200, e novos nacionais tinham preços que variavam de R$ 100 a R$ 120. Para comparação, toca-discos são encontrados na internet a preços que vão de R$ 400 a R$ 1.200. 

Ideia na prática 

O músico Bruno Pinatti, 37 anos, proprietário do Studio Mozart, afirmou que procura promover vários eventos diferentes e a feira de vinil é um deles. A ideia começou a ser implantada em junho do ano passado. A edição do dia 11 foi a sétima. A ideia começou com o seu perfil de colecionador de discos e as informações sobre feiras publicadas na internet. Fez contatos com outros colecionadores e a ideia saiu do papel para o espaço da escola de música.

O clima da feira também foi regado a som ao vivo com serviço de bar. Enquanto as vendas eram realizadas, a banda Rebel Nine, de Itu, e o guitarrista Ricky de Camargo se apresentaram num palco existente no espaço.