1. Determine a divisão do compasso da música. Para
calcular o BPM de uma música de forma precisa, é importante saber quantas
batidas há em um compasso ou medida. Embora muitas músicas tenham quatro
batidas por compasso, esse nem sempre é o caso. Por exemplos, a valsa conta com
três batidas por compasso. Ouça um padrão de batidas constantes para descobrir
o número de batidas em cada compasso.
Enquanto estiver contando, preste atenção nas batidas
mais fortes. Isso o ajudará a ter noção de quando a música começa novamente no
1. Por exemplo, em uma música 4/4, é natural contar “1-2-3-4, 1-2-3-4” e
assim por diante.
Dica: uma das formas mais fáceis de descobrir a divisão
do compasso de uma música é olhando a partitura. A divisão do compasso
aparecerá no início da partitura, imediatamente após a tonalidade, na forma de
uma fração (ex.: 4/4, 3/4 ou 6/8). O número de cima representa o número de
batidas de cada compasso.
2. Comece a música e o cronômetro ao mesmo tempo. Assim
que tiver noção da divisão do compasso da música, você poderá calcular
facilmente as batidas por minuto contando o número de compassos ou medidas que
são tocados em um minuto. Para começar, coloque a música para tocar e solte o
cronômetro no momento em que ouvir a primeira batida.
Você pode utilizar um cronômetro portátil comum, um
relógio ou um aplicativo de cronômetro no seu celular para fazer a contagem.
Talvez seja preciso praticar algumas vezes para conseguir
tocar a música e soltar o cronômetro ao mesmo tempo.
3. Faça uma marca para cada medida completa que ouvir em 30
segundos. Enquanto estiver ouvindo a música com o cronômetro andando, faça uma
marca em um pedaço de papel toda vez que ouvir a primeira batida de uma nova
medida o tempo forte. Pare de contar e pare o cronômetro ao atingir a marca de
30 segundos.
Talvez seja preciso parar o cronômetro no meio de uma
medida. Por exemplo, você pode contar 10 e ½ compassos. Se isso ocorrer,
indique no papel que a última contagem foi de apenas meio compasso.
4. Multiplique o número de medidas pelo número de batidas
por medida. Depois de desligar o cronômetro, conte quantas medidas você
ouviu. Multiplique esse número pelo número de batidas em cada medida para
descobrir quantas batidas há em 30 segundos.
Por exemplo, se ouviu 12 medidas e a música possui três
batidas por medida, isso significa que o número de batidas em 30 segundos é 36.
Se terminou no meio de uma medida, adicione o número de
batidas que ouviu na última medida ao número total de batidas das medidas
completas. Por exemplo, se a divisão do compasso for 4/4 e você ouviu 10 e ½
medidas, isso significa que são 40 batidas em compassos cheios e duas batidas
adicionais no final, totalizando 42.
5. Dobre o resultado para obter o BPM. Agora que
você calculou o número de batidas em 30 segundos, basta multiplicar esse número
por dois para obter o número de batidas por minuto. Por exemplo, se contou um
total de 36 batidas, o BPM da música é 72.
Você também pode contar as batidas individuais da música
se preferir, mas lembre-se de que é preciso seguir uma batida constante da
música. Por exemplo, se tentar ouvir cada batida e virada da bateria, você
acabará com muitas batidas adicionais.
6. Pratique o beatmatching com duas músicas de uma vez. Mesmo se duas
músicas tiverem a divisão de compasso e o BPM iguais, as batidas podem não
coincidir exatamente. Isso é verdade principalmente ao trabalhar com gravações
ao vivo ou discos de vinil ao invés de trilhas digitais. Comece com músicas que
você conhece bem e que possuam BPMs iguais ou próximos e ouça-as até
encontrar o momento certo para começar a sincronização.
Por exemplo, talvez a segunda trilha tenha um bumbo mais
forte na primeira batida de cada compasso. Sincronize a primeira batida do
compasso escolhido com a primeira batida de outro compasso da primeira trilha.
Concentre-se no seu ponto inicial e preste atenção nos
pontos das batidas das duas músicas que não estiverem mais sincronizados devido
a mudanças no ritmo.
A partir disso, você poderá escolher o ponto perfeito
para fazer a transição de uma música para outra.
A maioria dos softwares de DJ possui recursos integrados
para facilitar o processo de beatmatching. No entanto, ser capaz de fazer o
beatmatching de ouvido o ajudará a lidar com variações de ritmo que o software
não é capaz de identificar.