DJ usa bike e
energia solar para fazer um som em qualquer lugar
Graças a um processo de mudança de mentalidade das
pessoas e também de medidas mais inclusivas em algumas cidades, a ocupação dos
espaços públicos está ganhando cada vez mais força no Brasil, dando mais
chances para boas ideias serem vistas e experimentadas pela população. Uma
dessas ideias bem legais é a Bikebeats, que leva música a qualquer lugar com a
ajuda de uma bike e da energia solar.
O dono do projeto é o paulistano Ricardo Bertello, que
decidiu dar uma guinada na sua vida ao sair de um trabalho de oito anos no
departamento financeiro de uma agência de publicidade para ter maior liberdade
profissional e colocar uma boa ideia que combina com o mundo sustentável que
buscamos em prática.
“Sempre tive vontade de montar um sistema de som em uma
praça para fazer meu aniversário, mas sempre parava na questão da energia.
Nunca tinha um ponto para ligar os equipamentos. Quando saí da agência que
trabalhava, voltei a discotecar e tinha acabado de montar uma Caloi 10 retrô.
Em uma conversa com a minha namorada, pensando no que poderíamos investir,
surgiu a ideia de montar um som em uma bicicleta. Comecei a pesquisar sobre
energia solar e uma semana depois comecei a montar o projeto para comemorar meu
aniversário como eu queria”, explica Ricardo.
Para contornar a questão da energia elétrica, ele
instalou uma placa fotovoltaica que gera energia suficiente para o equipamento
de som montado na bicicleta.
O conjunto tem um consumo médio de 0.7 ampere/hora
e a bateria, quando carregada, garante uma autonomia de mais de 24 horas de
música. Ou seja, a Bikebeats pode ir a qualquer espaço e nem precisa da energia
elétrica do local.
“Todos os equipamentos de DJ e som cabem dentro do
caixote da bike. Quando o local da apresentação é próximo vou pedalando
tranquilamente. O Minhocão, sem dúvida, foi o lugar mais legal que toquei.
Além
de um cenário irado, as pessoas que passam por lá valorizam muito esse tipo de
trabalho. A Av. Paulista também foi divertida. Agora minha vontade é levar a
Bikebeats para a Praça Roosevelt”, conta Ricardo, que faz praticamente tudo
sozinho.